Professores e a "Estudantada" revoltados com a decisão da Secretaria de Educação, de ceder 18 salas do Centro de Ensino Almirante Tamandaré para o Centro Integrado do Rio Anil o CINTRA, e ainda passar o controle da linha pedagógica do Almirante para o mesmo, realizaram uma passeata pelas ruas da Cohab com intenção de cobrar do governo idéias inteligentes a respeito do caso.
Segundo a Seduc, tudo começou pela crescente demanda de alunos do CINTRA que ultrapassa 5 mil estudantes para cerca de 700 vagas.
"Cá entre nós, (classifico) como "irresponsabilidade total" de quem administra novas matrículas para a escola na proporção de 700 para 5 mil."
Sendo assim, foi necessário além do Anexo, o CINTRA ir atrás de outro prédio para abrigar a estudantada nova matriculada na escola.
Correram para o pobre Almirante Tamandaré, que como toda e qualquer escola do estado, se encontra depredada e sem condições de abrigar mais estudantes.
Segundo a minha calculadora, 5.000 estudantes divididos em 18 salas, resultam cerca de 277, 7 estudantes por sala, uma saída meio estranha pro governo, e será que o CE Almirante Tamandaré tem estrutura pra acolher esses estudantes, será que não está faltando carteira, será se estas salas estão reformadas e prontas para atenderem e os estudantes matriculados, e quanto aos professores, vão faltar quantos dessa vez.
De fato, nenhuma escola do ensino público estadual do maranhão tem a qualidade que desejamos, e muito menos temos escolas o bastante pra atender a demanda estudantil maranhense que cresce a cada ano.
É como um efeito cascata, já que temos muitos estudantes para poucas escolas, pois nosso governo prefere fazer Via Expressa.
Com isso, temos salas superlotadas, e as escolas como o CINTRA, acabam ultrapassando e muito a demanda de vagas pra estudantes, irresponsabilidade enorme sendo que só tinham 700 vagas e matricularam 5 mil.
A estudantada do CE Almirante Tamandaré não se calou diante da tola ideia do governo de ocupar as 18 salas com 5 mil estudantes, e com a ajuda de professores e pais de alunos, fazem seu papel de cobrar do governo uma saída emergencial pois, o ano letivo começa em poucos dias.
Fonte: Blog Estudante Ativista